O isolamento reduz a chance de sucesso de qualquer pessoa. Se não, pelo menos a obriga a esforçar-se mais. A troca de experiência é fabulosa, pois somente o que é dividido pode ser multiplicado.
Nas mais diversas atividades (lazer, espiritual, trabalho etc.), deparamo-nos com certa frequência com pessoas com dificuldades em manter o relacionamento pessoal com terceiros, preferindo atividades independentes. Egoísmo? Na maioria das vezes não creio tratar-se de soberba, mas de falta de treinamento para atividades coletivas. Este exercício começa muito cedo e talvez fique mais fácil de lembrar dos tempos da escola, quando o professor dava atividade em grupo e aí começava o problema. Sempre há aqueles que se encostam nos colegas, em nada colaboram para a realização do trabalho e ainda, por vezes, atrapalham, o que claramente piora quando o professor exige a participação de todos na apresentação. Neste ponto é provável que os “encostados” prejudiquem a nota do grupo, o que será minimizado se alguém for para o sacrifício de orientar quem nem sempre está disposto a aprender.
Não devemos deixar que fatos como o citado acima atrapalhem a vida profissional, pois sabemos que o trabalho coletivo tem maiores possibilidades de sucesso. Um craque do futebol pode ser fundamental para o time, embora sozinho não consiga o mesmo resultado que o grupo unido. Já tivemos a oportunidade de observar, no Campeonato Brasileiro de Futebol, times considerados inexpressivos em relação aos salários dos jogadores, que venceram o campeonato.
Sindicatos e associações têm a finalidade de reunir pessoas, profissionais ou não, para enfrentar dificuldades e vencê-las com menor esforço. Jesus poderia ter feito todo o trabalho de evangelização sozinho, mas preferiu chamar ajudantes e compartilhou as atribuições. Pessoas bem treinadas podem conduzir o trabalho por longa data sem que o líder esteja ao lado o tempo todo.
Devemos buscar saber a causa do isolamento de alguém em nosso grupo que não consegue contribuir: se timidez, falta de conhecimento, preguiça, soberba ou até inabilidade no relacionamento humano. Conhecer o real motivo é o primeiro passo para ajudá-lo a vencer sua dificuldade e tornar-se um membro ativo e produtivo.
No meio contábil a timidez é uma constante, pois a formação recebida não é a de diálogo, mas de concentração em tarefas em sua maioria, individuais. Superar esta barreira é fundamental, especialmente por aqueles profissionais que são ou desejam atuar como empresários. A comunicação (ouvir, pensar e responder) é indispensável para manter a equipe unida e produtiva, bem como nos demais relacionamentos, especialmente com os clientes. A boa comunicação torna as pessoas simpáticas e facilita a aproximação.
Todo empresário, inclusive o contábil, ao invés de demonstrar ser completamente autônomo, precisa maximizar o relacionamento com os concorrentes. Concorrentes? Naturalmente, pois os empresários das indústrias metalúrgicas, do comércio varejista, dos hospitais, da atividade rural etc., unem-se para somar forças. São concorrentes que obviamente não revelam os segredos das empresas, mas compartilham as dificuldades para transformá-las em facilidades. Não há sindicato que agregue empresários incompatíveis, mas afins (normalmente o mesmo ramo de atividade).
Isolamento é uma ferramenta suicida. Pratique a fusão do conhecimento para disseminá-lo. Você e todo o grupo ganharão com isso.
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